Relatório Focus, do Banco Central, prevê ainda inflação mais alta este ano

Expectativa do mercado é que preços voltem a subir (AFP)

Os economistas ouvidos pelo Banco Central para o relatório Focus desta semana estão mais pessimistas com relação à atividade econômica brasileira. A expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2013 caiu de 2,53% na semana passada para 2,49%. Para 2014, contudo, a média de expectativas de expansão permaneceu em 3,20%. A projeção para a indústria caiu também de 2,53% para 2,5% de alta (2013) e subiu de 3% para 3,20% em 2014.

O IBC-Br, conhecido como prévia do PIB, iniciou o segundo trimestre com avanço de 0,84% em abril ante março e 4,85% ante abril de 2012, de acordo com dados do BC divulgados na semana passada. Contudo, o indicador de 12 meses teve alta de apenas 1,66%, maior do que março (1,20%), mas ainda abaixo dos 2,49% esperados pelos economistas que responderam ao relatório Focus. 

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Depois de ter mantido a expectativa de inflação estável na semana passada em 5,8%, agora, os economistas ouvidos para o Focus elevaram a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) neste ano para 5,83%. Em 2014, a perspectiva foi mantida em 5,80%. Há pouco mais de duas semanas, o Comitê de Política Monetária (Copom) elevou a taxa básica de juros para 8% justamente com o objetivo de controlar a escalada inflacionária.

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A inflação oficial desacelerou para 0,37% em maio na relação com abril, quando marcou 0,55% de alta, conforme divulgou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Contudo, no acumulado de 12 meses, a inflação encostou no teto da meta do governo, de 6,5%, depois de ter desacelerado para 6,49% em abril. No acumulado do ano os preços marcaram alta de 2,88%, maior do que os 2,5% vistos entre janeiro e abril.

Assim, os analistas ouvidos pelo BC também esperam uma Selic maior ainda para este ano: 9% tanto para 2013 quanto para 2014. Antes eles projetavam para o fim deste ano e 2014 juros em 8,75%.

Por fim, o Focus também trouxe expectativas para a taxa de câmbio, a nova fonte de preocupação do governo. Os economistas esperam que o dólar termine este ano a 2,10 reais e ano que vem a 2,15 reais - mesmas projeções da semana passada.

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